terça-feira, 18 de outubro de 2011

Alma perdida

Pobre criança absorta em dor e desespero
Criança tola, apaixonada e abandonada
Menina frágil, fútil, nada encantadora ou delicada
Veste uma máscara, porque à ela mesma ninguém reconhece
Sua personalidade não é importante
É uma alma perdida
Finge ser quem não é
Finge ser tudo, todas
É dona de um dom, o de não ser ela mesma
Pode ser quem quiser, quando quiser
Seu corpo é vazio
É uma alma perdida
Errante por natureza
Ela tem medo
Sua mente é pura solidão
Sua bobagem é grande
Ela sofre, chora, se desespera
Seu rosto é de agonia, tristeza, amargura, arrependimentos
Seus olhos profundos pedem ajuda
Mas ninguém vê, ninguém nota
Porque ela veste sua máscara
A máscara com o rosto que escolheu hoje
Amanhã será outra pessoa
Ela é o que quiser ser, menos ela mesma
Pobre garota idiota
Para onde ela irá correr quando sua máscara quebrar?
Estúpida! Ela não entende que não tem para onde fugir
Não entende que não tem motivos para ter medo
Porque não importa quantas máscaras use
Não importa se tem medo ou não de sofrer
A tristeza já a consumiu, porque não há felicidade em não ser você mesma
Durma pobre criança
Ainda é uma alma perdida

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